247- O
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atacou durante te
neste domingo (1º) o reajuste em 9% do benefícios do programa Bolsa Família,
anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT) em São Paulo como parte das
comemorações do Dia do Trabalhador. Para o aliado do vice-presidente Michel
Temer, incentivador da pauta bomba em passado recente, o aumento é uma
"irresponsabilidade fiscal". Ele afirma que o governo aumentou o
rombo das contas públicas e já projeta um déficit de R$ 96 bilhões em 2016.
O parlamentar disse ao jornal
O Globo que essa nova meta fiscal ainda precisa ser aprovada pelo Congresso até
o dia 22 de maio, ou o governo paralisa suas atividades. A atual meta prevista
na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é de superávit e não de déficit. “O
aumento do Bolsa Família agora é uma irresponsabilidade. E falar que isso já
está (previsto) no Orçamento é enganação do governo. Quando o governo propôs a
mudança da meta fiscal, de um superávit para um déficit gigantesco, significa
que o Orçamento não pode ser executado como fora aprovado. As receitas não existem,
tinha até CPMF. Ou seja, uma irresponsabilidade”, disse.
O surto de responsabilidade de
Cunha é seletivo. Em fevereiro, logo após ser derrotado na escolha do líder do
PMDB na Câmara, o deputado fluminense programou a votação de uma
"pauta-bomba" com impacto de R$ 207,1 bilhões.
Entre as pautas estava a PEC
da Saúde, que amplia a vinculação de 15% para 18,7% da Receita Corrente Líquida
(RCL) à área. Na comissão especial que analisou a matéria, a relatoria ampliou
o percentual para 19,4% em seis anos.
Pelos cálculos do governo,
caso o texto seja aprovado, o impacto será de R$ 15 bilhões em 2017 e de R$
207,1 bilhões até 2022.
Para Cunha, o chamado pacote
de bondade de Dilma são "agonia de fim de festa. Para ele, se a meta não
for aprovada pelo Congresso e Dilma fizer tais gastos, pode haver novo crime de
responsabilidade. Mas o grupo de Temer também quer a aprovação da meta para não
paralisar o país. “E não são bondades. São maldades com a população, porque o
déficit tem consequências e quem paga são todos os contribuintes.”
No caso da correção do Imposto
de Renda para 2017, Cunha disse que não há problema porque o impacto não é
imediato, mas ressaltou que a medida precisa ser votada pelo Congresso.
Ele disse que vai colocar
todas as matérias em votação. Fonte: Brasil 247.
OPINIÃO DO BLOG: O resultado de toda essa confusão entre os
partidos políticos na chamada Baixa Câmara, buscando realizar o impeachment de
Dilma Rousseff, e aqueles que defendem a sua permanência no cargo, é justamente
a situação caótica a que estamos todos submetidos, desde o princípio de toda
essa escaramuça.
A gente não sabe a quem recorrer em busca da normalização de toda essa
situação de forma mais rápida e humana, diria. Os mais pobres estão pagando muito, muito caro
mesmo para que uns poucos possam se manter no poder e preservem as mordomias
que os cargos lhes dão, além da aproximação com futuros poderosos que se
instalarão no lugar de Dilma Rousseff logo após o seu impedimento referendado
pelo Senado da República, até 11 deste mês conforme legislação.
Até lá, muito choro se escutará e dele certamente não participam os
mais ricos e apadrinhados que permanecerão aplaudindo o poder.
O pior de tudo é saber que está falando em equilíbrio orçamentário do país, quem tem processos por desvios de dinheiro e que se acha depositado ilegalmente em contas na Suiça e outras coisinhas mais. Reclamar a quem?