A essa grande figura humana do clero brasileiro, Dom José
Maria Pires, que aqui chegou como Arcebispo da Paraíba no período em que estavam
muito fortes as ações da ditadura militar de 1964, reconhecimento pelos gestos
de generosidade e solidariedade em favor dos perseguidos políticos.
Os negros e os mais humildes foram motivo de suas grandes
preocupações no púlpito, na praça pública e em momentos em que a sua opinião
era exigida. não lhes fugindo à defesa e combatendo a indiferença de todos os
que podendo lhes viravam as costas.
Os presídios sempre foram motivo das suas insônias, pois
entendia que ao preso são necessárias aplicações de medidas de ressocialização
e não de castigo e abandono permanente pelo Estado como se fazia aos negros e
índios no Brasil colonial e escravocrata.
As suas mãos sempre estiveram estendidas e prontas ao
acolhimento dos mais fracos e oprimidos, e de todos os que se preocupassem em distribuir
justiça social.
Era indiscutivelmente um homem de Deus!
A Paraíba chora a morte de Dom José Maria Pires e a ela se
irmana Guarabira, que também o considera e reconhece um peregrino de Deus.