sábado, 18 de julho de 2009

ONDE OS SAPOS NÃO COAXAM

Conta a lenda que certa vez, frei Damião de Bozzano esteve em Alagoa Grande para realizar as Santas Missões, como o fazia em vários Estados nordestinos. Incomodado pelo coaxar dos sapos na lagoa do centro da cidade, ordenou que todos eles silenciassem para não atrapalhar a sua pregação. Desde então, nunca mais coaxaram na Lagoa do Paó.

Alagoa Grande, cujo nome é derivado de Lagoa do Paó, é uma próspera cidade da Mesorregião do Agreste e da Microrregião do Brejo Paraibano, com população de 27.448 habitantes (13.396 na área urbana e 11.052 na zona rural), (CENSO 2007). Está a 143 metros acima do nível do mar, com área de 333,7 km², a 7°04’00” de Latitude e 35°38’00”. Limita-se com Areia, Alagoinha, Serra Redonda, Gurinhém, Mulungu, Alagoa Nova, Juarez Távora e Matinhas.


A sua colonização se deu às margens da Lagoa do Paó, por Domingos da Rocha, Isidoro Pereira Jardim, Martinho Gomes e Agostinho de Jesus, entre 1719 e 1767, na área em que habitaram os índios cariris e conhecida como Sertão do Paó, ou seja “nesga de terra que sobe”, em tupi-guarani.

A paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem foi criada em 1° de outubro de 1861, pela Lei Provincial n° 38, sendo Alberto Santa Júlia Cabral o seu primeiro sacerdote. A 29 de outubro de 1864, o povoado foi elevado a Vila, com o nome de Alagoa Grande, tendo a sua instalação se dado apenas em 1865, quando a Lei nº 129, deu-lhe a condição de cidade, e o povoado de Água Doce, atual Juarez Távora como distrito.

Em Alagoa Grande, a mão armada do latifúndio assassinou barbaramente a líder sindical Margarida Maria Alves, nascida em 5 de agosto de 1943,, dentro de sua casa, com um tiro de espingarda calibre doze, em 12 de agosto de 1983. Margarida tornou-se símbolo da luta dos camponeses contra a opressão burguesa e até hoje o assassinato continua impune.

Em Alagoa Grande também nasceu José Gomes Filho, em 31 de agosto de 1919, mais tarde conhecido como Jackson do Pandeiro, o Rei do Rítmo na história da música popular brasileira, tendo falecido em Brasília, em 10 de julho de 1982. Para homenageá-lo a cidade ergueu um belíssimo portal na rodovia estadual entre Alagoa Grande e Juarez Távora.