Há 39 quilômetros de Guarabira, a cidade de Solânea, localizada na Região da Borborema e Mesorregião do Agreste Paraibano, atrai pessoas do nosso Estado e de outros, graças à beleza natural de que é provida e do seu gostoso clima. Como em quase todos os municípios brasileiros, a religião predominante é a católica e tem em Santo Antonio, o padroeiro, muito comemorado a 12 de junho, quando o poder público municipal investe em muita festa, até o último dia do mês. Nesse período, a cidade é invadida por uma multidão de todas as idades, lotando os hotéis locais e se fixando em casas residenciais disponíveis durante o mês, àqueles que pretendam alugá-las para a temporada festiva. Nesse período se respira plenamente a música popular de boa qualidade.
O município é muito visitado também por causa de Santa Fé, o seu mais importante distrito, onde residiu o padre José Ibiapina, de grande influência religiosa em toda a região e no próprio Nordeste brasileiro, por onde andou pregando, construindo e restaurando açudes e pequenos reservatórios d’água, casas de caridade, capelas, igrejas e cemitérios. Falecido em Santa Fé, Ibiapina foi ali sepultado e anualmente o lugar é visitado por milhares de romeiros nordestinos que aguardam ansiosamente a sua canonização pelo Vaticano.
Solânea tem área de 109 km², está a 626 metros do nível do mar, a 06°45’18” de Latitude e a 35°32’24” de Longitude. Limita-se com os municípios de Cacimba de Dentro e Dona Inês ao Norte; Arara e Serraria, ao Sul; Bananeiras e Borborema a Leste e Casserengue e Remígio a Oeste.
Historicamente se originou de sesmarias doadas a Domingos Vieira e Zacarias de Melo, (1716) de Pernambuco, entretanto apenas entre 1750 e 1800 é que chega Antonio Soares Moreno, que ali se fixou residencialmente e construiu engenho e fazenda de gado. Prosperando, em 1832 surgiu o povoado Chã (terras planas) de Moreno (referência à família). Em 1926, pelos esforços idealistas de Leôncio Costa e Alfredo Pessoa de Lima, o lugar passa a Distrito de Moreno, ligado politicamente a Bananeiras, conforme Lei 637 de 4 de dezembro de 1926. Em 15 de novembro de 1938, o distrito é elevado a Vila Branca (devido às casas do lugar serem pintadas de branco), pelo Decreto-Lei 1.164.
A emancipação política se daria em 26 de novembro de 1953, pela Lei nº 967, sancionada por João Fernandes de Lima que na ocasião substituía o governador José Américo de Almeida, licenciado do cargo.
O nome Solânea, de acordo com o advogado Alfredo Pessoa de Lima, tem origem no fumo, das solanáceas, que por muitos anos constituiu a principal atividade econômica do lugar. Por esse período o município exportava a sua produção para grandes centros do país como Manaus, Belém, Fortaleza, Sergipe e Maranhão.
As principais festas do lugar acontecem em 12 de Junho (Padroeiro) e 26 de Novembro (Emancipação Política).