PARELHAS
Em viagem empreendida pelo Rio Grande do Norte, na Região do Seridó, dentre outras cidades conheci Parelhas, antigo berço natal dos índios Janduís e Canindés, que das escaramuças sanguinolentas com os colonizadores portugueses, se viram quase todos mortos, enquanto os sobreviventes foram tangidos à região do litoral potiguar, para nova fixação à terra.
O nome é uma referência às corridas de cavaleiros que em duplas, em terreno plano e propício testavam a velocidade e qualidade dos seus animais. Essas competições eram assistidas por muitos admiradores e passaram a ser conhecidas como “parelhas”, pelo que mais tarde a localidade desses eventos passou a ser denominado de Boqueirão de Parelhas.
A fundação do povoado ocorreu em 1856, alcançando o status oficial de Vila Parelhas, em 26 de novembro de 1920, através da Lei nº 478. Já em 1926, a 8 de novembro, foi criada a freguesia. Desmembrou-se politicamente do município de Jardim do Seridó (IDEMA – RN).
O município tem área de 523 km² por onde se espalha uma população equivalente a 19.319 habitantes, conforme dados estatísticos do IBGE/CENSO 2000. Surgiu a partir da passagem de 1700, quando ali fixou moradia o tenente Francisco Fernandes de Souza, em terras de sesmaria que recebeu depois de as requisitar à aos representantes da Corôa. A área já estava pacificada graças à intervenção de Domingos Jorge Velho, em 1688.
A principal festa é a do padroeiro São Sebastião, celebrada entre os dias 10 e 20 de janeiro, quando à cidade acorre grande parte da população regional. O segundo evento de destaque é a Festa dos Caminhoneiros, celebrada há quase trinta anos, com duração de três dias, marcados por danças, corrida de jegues e gincana de caminhões, sempre no mês de novembro.
Economicamente, o município é beneficiado preponderantemente pela presença de minérios e dentre tantas pedras semipreciosas encontradas, se destacam a turmalina, granada, ametista e água-marinha.
Vale a pena conhecer a cidade onde habita um povo servidor e por demais acolhedor.
