Tem muito jovem que
não sabe dar valor à sua idade e muito menos ao nome que herda dos pais, num
mundo como o atual onde tudo é difícil de ser conquistado, principalmente
quando não se tem ninguém a quem se possa acostar. Sabe-se que o conhecimento
humano é de uma importância extraordinária no universo atual, pois por sua
causa muitas portas consideradas intransponíveis podem ser abertas, acolhendo
todo aquele que necessite de alguma ajuda para poder continuar rumando em
direção a um futuro mais sólido.
Infelizmente,
milhares de adolescentes preferem caminhar ainda que perigosamente sozinhos, se
distanciando de qualquer orientação do lar ou de pessoas amigas mais idosas,
imaginando-se capazes de enfrentar o mundo da maneira que a impetuosidade
juvenil aconselhar. Não crêem os que por esses caminhos trilham, num revide
duro e profundo que a existência humana possa lhes dar a qualquer momento. Para
eles o importante é o instante, é viver a hora. Não lhes atribuiria maldade,
mas apenas impetuosidade, o que é muito natural nessa fase da vida, em que tudo
é emocionante.
Leio hoje num conceituado
Portal paraibano que no vizinho estado do Rio Grande do Norte um jovem rasgava
uma cédula de R$ 100 reais, gravando a cena em vídeo divulgado pela internet,
como se o seu gesto fosse um ato de bravura formidável. Tudo bem que o dinheiro
possa ser de sua propriedade, entretanto há que se destacar que a sua atitude
fere leis que falam do uso da moeda nacional, e não são tão brandas, haja vista
ter praticado um dano qualificado, quando destrói um patrimônio da União. Foi
um gesto, diria até que arrogante, antes de o qualificar como impensado, pois
cuidou de filmá-lo para mostrar ao mundo a sua impetuosidade (ou bravura?). Não
imaginava, quiçá, que advirão efeitos e resultados muito desagradáveis, principalmente
se for julgado por autoridade severa e que interprete a lei nos seus mínimos
detalhes, esquecendo-se das nuances que no direito lhe possam dar algum
favorecimento legal.
E com toda essa
questão, quem mais está sofrendo com e por ele são os pais que se colocam no
cerne do problema por serem políticos do Rio Grande do Norte: o pai fora
vice-prefeito de uma cidade daquele estado e hoje é a mãe desse jovem que se
acha vice-prefeita. Sofrem por ver o filho envolvido sem necessidade numa
questão jurídica como acusado e, também, porque a imprensa sempre haverá de
mencioná-los justamente por fazerem parte de uma classe que em nível nacional
anda bastante desgastada, graças a tantos atos imprudentes e imorais praticados
por maus políticos.
Por que os pais
deveriam sofrer com situação impensada de um filho, principalmente se ele é
maior de idade? É muito simples, o coração deles sempre estará voltado para a
prole seja ela menor ou maior de idade. A eles só interessa o bem estar dos
filhos residentes no lar ou não, porque são frutos do amor e da paixão. Não
foram gerados do ódio e da mágoa, mas do carinho e da ternura. Defendê-los
sempre o farão, ainda que no erro, porque nunca os educariam para a maldade. E não
querem os pais para os filhos a dureza que a vida lhes proporcionou enquanto
trilhavam a estrada do amadurecimento em busca da velhice e da estruturação de
um verdadeiro lar.
O caso do jovem norte-rio-grandense
é um exemplo muito claro para que os demais do pais pensem duas vezes antes de
agirem imprudentemente. Arriscam-se a sofrer punições severas por atos de
imprudência perante a lei e magoam aos pais profundamente.