sexta-feira, 27 de março de 2015

CONVIVÊNCIA COM A NATUREZA

Da última semana até o início desta que amanhã se encerra se Deus quiser, de forma tranquila e pacífica para a população, se viu nas redes sociais e jornais da Paraíba, principalmente, queixas de muitos habitantes de cidades localizadas na área, mencionando e mostrando o sofrimento dos que ali residem, por conta dos alagamentos acontecidos com a intensidade das últimas chuvas caídas, que contribuíram e muito para o contentamento dos moradores da zona rural tão atormentada e sofrida nos últimos quatro anos por conta da seca inclemente e devastadora.

Enquanto as chuvas trouxeram alegria para uns, para outros trouxe aperreio, porém, é preciso se fazer uma reflexão mais uma vez sobre esses alagamentos, até antes de se acusar o poder público de omisso e ausente para com as suas responsabilidades. Em muitos casos sabe-se que o gestor tem agido em favor da população, sim.

No verão, por exemplo, quase ninguém tem cuidado algum em juntar o lixo de sua residência ou estabelecimento comercial e dá-lhe destino correto e adequado. Atira-o em qualquer lugar, principalmente nas chamadas bocas de lobo mais próximas, como se elas não tivessem sido construídas para o devido escoamento das águas pluviais. Alguns outros deixam os resíduos domiciliares simplesmente amontoados num cantinho na própria linha d’água da avenida, como se pudessem desaparecer num passe de mágica.

Andando-se um pouco mais, facilmente são encontrados verdadeiros depósitos e lixões de móveis imprestáveis, fogões, portas, pneus e carcaças de automóveis atirados criminosamente em córregos e rios. Que mal fizeram esses, a não ser dar vida ao homem que procura matá-los?

É uma pena que ao longo de toda uma vida, o cidadão não tenha se educado e nem se preparado para a vida em sociedade e com a natureza. E numa oportunidade em que se vê em situação difícil, porque ela cobra e cobra muito caro por não ter sido bem tratada, o ser humano se queixa, esperneia e chora, sem querer atribuir a si mesmo irresponsabilidade ambiental.


A cidade também cobra dos seus moradores, educação e responsabilidade. Os resultados quase catastróficos estão ai no mundo inteiro, e de cada enchente, de cada tormento humano pela falta de água potável nos grandes reservatórios, se tire definitivamente a lição de que é preciso saber viver em harmonia com a natureza. Harmonizando-se, homem e Terra viverão muito.