Da última semana até
o início desta que amanhã se encerra se Deus quiser, de forma tranquila e
pacífica para a população, se viu nas redes sociais e jornais da Paraíba,
principalmente, queixas de muitos habitantes de cidades localizadas na área,
mencionando e mostrando o sofrimento dos que ali residem, por conta dos alagamentos
acontecidos com a intensidade das últimas chuvas caídas, que contribuíram e muito
para o contentamento dos moradores da zona rural tão atormentada e sofrida nos
últimos quatro anos por conta da seca inclemente e devastadora.
Enquanto as chuvas
trouxeram alegria para uns, para outros trouxe aperreio, porém, é preciso se
fazer uma reflexão mais uma vez sobre esses alagamentos, até antes de se acusar
o poder público de omisso e ausente para com as suas responsabilidades. Em muitos
casos sabe-se que o gestor tem agido em favor da população, sim.
No verão, por
exemplo, quase ninguém tem cuidado algum em juntar o lixo de sua residência ou
estabelecimento comercial e dá-lhe destino correto e adequado. Atira-o em qualquer
lugar, principalmente nas chamadas bocas de lobo mais próximas, como se elas
não tivessem sido construídas para o devido escoamento das águas pluviais. Alguns
outros deixam os resíduos domiciliares simplesmente amontoados num cantinho
na própria linha d’água da avenida, como se pudessem desaparecer num passe de mágica.
Andando-se um pouco
mais, facilmente são encontrados verdadeiros depósitos e lixões de móveis
imprestáveis, fogões, portas, pneus e carcaças de automóveis atirados
criminosamente em córregos e rios. Que mal fizeram esses, a não ser dar vida ao
homem que procura matá-los?
É uma pena que ao
longo de toda uma vida, o cidadão não tenha se educado e nem se preparado para
a vida em sociedade e com a natureza. E numa oportunidade em que se vê em
situação difícil, porque ela cobra e cobra muito caro por não ter sido bem
tratada, o ser humano se queixa, esperneia e chora, sem querer atribuir a si
mesmo irresponsabilidade ambiental.
A cidade também cobra
dos seus moradores, educação e responsabilidade. Os resultados quase
catastróficos estão ai no mundo inteiro, e de cada enchente, de cada tormento humano
pela falta de água potável nos grandes reservatórios, se tire definitivamente a
lição de que é preciso saber viver em harmonia com a natureza. Harmonizando-se,
homem e Terra viverão muito.