O procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, determinou o arquivamento do pedido de
investigação contra o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB e candidato à
Presidência da República no ano passado, no âmbito da Operação Lava Jato. A
informação é do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com o
jornal, os procuradores responsáveis pelo caso teriam solicitado que a
Procuradoria-Geral da República pedisse ao Supremo Tribunal Federal a abertura
de inquérito contra Aécio, mas Janot contrariou os colegas. Como o despacho
ainda está sob sigilo, não é possível saber quais eram as considerações dos
procuradores, a argumentação de Janot ou mesmo a menção feita sobre Aécio
Neves.
Na noite de
terça-feira 3 a PGR protocolou no STF a lista com pedidos de abertura de
inquérito da Lava Jato, a fim de investigar pessoas suspeitas de envolvimento
no caso de corrupção da Petrobras. Constam, no total, 54 nomes de investigados,
28 pedidos de abertura de inquérito e sete pedidos de arquivamento.
De acordo com a
Folha, além de Aécio, o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN) está na lista dos políticos que aparecem com pedidos de arquivamento.
Na lista dos 54
investigados estariam, segundo o jornal, a senadora e ex-ministra-chefe da Casa
Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR); seu marido e ex-ministro das Comunicações, Paulo
Bernardo (PT); o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Os nomes dos
envolvidos não foram divulgados, pois os processos são mantidos sob sigilo.
Rodrigo Janot pediu o fim do sigilo nesses processos. Cabe ao ministro Teori
Zavascki, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Supremo,
determinar o fim do sigilo sobre os nomes dos investigados e também autorizar a
abertura de inquéritos.
Fonte: Portal
Pragmatismo Político