As chuvas caídas
sobre a Paraíba nas últimas semanas, por aqui e região continuam graças a Deus,
ainda não têm sido suficientes para a quebra do racionamento a que estão
submetidos alguns municípios, com o esvaziamento total ou quase isso dos seus reservatórios
e muitos deles nem alcançaram depois das chuvas, a metade da sua capacidade de
armazenamento.
Conforme afirmam técnicos
de governo e órgãos de reconhecida reputação no assunto, o Estado passa por uma
seca das maiores dos últimos 50 ou 60 anos – há quem fale em 100 anos –, pelo
que se deduz que é preciso muito mais chuvas para que haja uma recuperação
confortável do estoque d’água. Elas precisam acontecer justamente nas nascentes
dos principais rios que alimentam esses reservatórios, e parece que não estão
ocorrendo dessa forma, mas em outras partes como sejam ao longo do percurso
feito pelo rio.
Pelo que têm
anunciado até este momento a Cagepa/DNOCS/AESA, dos 124 reservatórios
paraibanos, responsáveis pelo abastecimento dos municípios, apenas 5 deles
atingiram a sua capacidades de armazenamento por conta das chuvas. Assim, estão
livres os reservatórios Araçagi no município que lhe denomina; Gramame/Mamuaba
no Conde; Jangada em Mamanguape, Olho d’Água em Mari e Suspiro em Serra da
Raiz. Essa nova situação, de certa forma confortável, fez com que a Cagepa anunciasse
a suspensão do racionamento a que estavam submetidos os que são assistidos por
esses reservatórios, porém, sendo alertados de que é preciso usar a água com
responsabilidade.
Vive-se novos tempos
em que a seca é muito mais forte – não é mais privilégio do Nordeste – e
acontece em regiões que nunca estiveram preocupadas com esse fenômeno, diante
dos seus rios perenes e caudalosos. O homem, na sua eterna vontade de
enriquecimento, acabou as matas, os animais, o meio ambiente e atingiu
voluntária e involuntariamente aos próprios rios e mananciais. Assim, piorou
todo.
No vizinho Uruguai e
por outras razões, neste momento, o órgão responsável pelo controle e distribuição
de água potável, está recomendando oficialmente que em 51 municípios, inclusive
Montevidéu, ela não pode ser usada até ulterior deliberação para “fins não
prioritários” como sejam “irrigação, a limpeza de calçadas e pátios exteriores,
a lavagem de veículos particulares e o enchimento de piscinas”. (Ver www.martinhoalves.blogspot.com).
Por aqui, quando se
tem se gasta sem a menor preocupação. É uma questão de educação e é hora para
isso, pois a prudência pode garantir a tranquilidade familiar, para não falar de populações.