quarta-feira, 29 de julho de 2015

USO DA ÁGUA: UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO

As chuvas caídas sobre a Paraíba nas últimas semanas, por aqui e região continuam graças a Deus, ainda não têm sido suficientes para a quebra do racionamento a que estão submetidos alguns municípios, com o esvaziamento total ou quase isso dos seus reservatórios e muitos deles nem alcançaram depois das chuvas, a metade da sua capacidade de armazenamento. 

Conforme afirmam técnicos de governo e órgãos de reconhecida reputação no assunto, o Estado passa por uma seca das maiores dos últimos 50 ou 60 anos – há quem fale em 100 anos –, pelo que se deduz que é preciso muito mais chuvas para que haja uma recuperação confortável do estoque d’água. Elas precisam acontecer justamente nas nascentes dos principais rios que alimentam esses reservatórios, e parece que não estão ocorrendo dessa forma, mas em outras partes como sejam ao longo do percurso feito pelo rio.

Pelo que têm anunciado até este momento a Cagepa/DNOCS/AESA, dos 124 reservatórios paraibanos, responsáveis pelo abastecimento dos municípios, apenas 5 deles atingiram a sua capacidades de armazenamento por conta das chuvas. Assim, estão livres os reservatórios Araçagi no município que lhe denomina; Gramame/Mamuaba no Conde; Jangada em Mamanguape, Olho d’Água em Mari e Suspiro em Serra da Raiz. Essa nova situação, de certa forma confortável, fez com que a Cagepa anunciasse a suspensão do racionamento a que estavam submetidos os que são assistidos por esses reservatórios, porém, sendo alertados de que é preciso usar a água com responsabilidade. 

Vive-se novos tempos em que a seca é muito mais forte – não é mais privilégio do Nordeste – e acontece em regiões que nunca estiveram preocupadas com esse fenômeno, diante dos seus rios perenes e caudalosos. O homem, na sua eterna vontade de enriquecimento, acabou as matas, os animais, o meio ambiente e atingiu voluntária e involuntariamente aos próprios rios e mananciais. Assim, piorou todo. 

No vizinho Uruguai e por outras razões, neste momento, o órgão responsável pelo controle e distribuição de água potável, está recomendando oficialmente que em 51 municípios, inclusive Montevidéu, ela não pode ser usada até ulterior deliberação para “fins não prioritários” como sejam “irrigação, a limpeza de calçadas e pátios exteriores, a lavagem de veículos particulares e o enchimento de piscinas”. (Ver www.martinhoalves.blogspot.com). 

Por aqui, quando se tem se gasta sem a menor preocupação. É uma questão de educação e é hora para isso, pois a prudência pode garantir a tranquilidade familiar, para não falar de populações.