247 - O engajamento nas redes sociais em
prol das manifestações anti-governo marcadas para este domingo (16) foi mais
fraco do que o verificado nos protestos que ocorreram em 15 de março e 12 de
abril últimos.
Segundo
análise de termos relacionados a protestos feitos pela empresa de monitoramento
de redes sociais Seekr, a pedido da Folha, o assunto foi alvo de pouco mais de
20 mil postagens no Twitter, no Instagram, no YouTube e no Google+, de
segunda-feira (10) a quinta-feira (13) desta semana.
É
menos da metade dos mais de 45 mil postagens registradas na semana anterior ao
protesto de 15 de março. Na véspera do protesto de 12 de abril, foram quase 28
mil.
A
maioria das postagens veio dos Estados de São Paulo, Rio e Minas Gerais.
Para
Eduardo Luiz Prange Júnior, responsável pela pesquisa, um aspecto relevante das
interações sobre protestos é o menor embate entre situação e oposição.
"Nas eleições, por exemplo, as duas partes se atacavam muito. Os
pró-governo continuam atuando, mas estão menos combatentes", disse.
"Ou estão em dúvida sobre a escolha por Dilma ou esperando o desenrolar do
noticiário", diz.
A
pouca penetração do assunto nas redes sociais também foi observada pela
especialista em redes sociais Raquel Recuero, professora da Universidade
Católica de Pelotas. Segundo ela, há um grupo de contas chamando para os
protestos que tem grande interação entre si, mas as mensagens atingem poucos
que não são militantes. O cientista político Emmanuel Publio Dias, da Escola
Superior de Propaganda e Marketing, diz que "o tema está
cansando". Fonte: Brasil 247.