Danilo
Gentili fez o óbvio. Refugiou-se na sua condição de “comediante” para responder
a uma intimação feita por Lula.
Lula pedira judicialmente satisfações
a Gentili por um tuite em que ele afirmara que o atentado fora uma “farsa”. A
resposta é, em si, uma piada. De mau gosto.
Gentili tenta se conceder o direito de
agredir qualquer pessoa mediante o “escudo” do humor. Na verdade, o que ele fez
foi uma calúnia.
Quem acredita na desculpa da piada,
para citar Wellington, acredita em tudo.
“Um
pretenso instituto publicou uma nota cobrando de mim (um pretenso comediante
segundo eles) esclarecimentos a respeito de uma piadinha no twitter sobre um
pretenso atentado a bomba na sede do “instituto” que teve como consequência
gravíssima um furinho no portão.
Mesmo
sendo do conhecimento de todos que me seguem nas redes sociais que sou
humorista e que, através dessas plataformas, utilizo exageros, nonsense e
outros recursos sempre com a intenção de brincar, reforço que levar a sério o
que eu escrevo lá é tão racional quanto tentar prender a Cássia Kiss (não a
Leila) por ter matado a Beatriz Segall (não a Odete Roitman). Ou tão irracional
quanto dizer que não existe uma meta, mas que, quando atingida a meta, essa
meta será dobrada. Comediantes fazem P-I-A-D-A-S. E isso (ainda) não é crime.” Fonte: Pragmatismo Político.