sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A MISSA DE DONA LÓ



Amanhã, é um novo dia para Guarabira, notadamente para quem teve o direito e o privilégio de conhecer de perto, Dona Ló, ou apenas e tão somente, Clotilde Coutinho, que há um ano, exatamente, nos deixou, chamada a prestar serviços na mansão do Senhor Deus. 

Com um sorriso no rosto espargindo serenidade, Dona Ló, a senhora do casarão 344 da rua Manuel Lordão, a esposa e sempre companheira de Arnaud de Ché, a quem um dia entregou a vida e capacidade de amar, deixou aqueles com quem conviveu, numa enorme solidão. Por lá, ainda hoje há um grande vazio. O cotidiano não é mais o mesmo. 

Chamada por Deus foi viver a vida eterna. O seu trabalho estava completo por aqui. Era chegada a hora de viver uma nova vida, na paz celestial, amparada pelo manto da Virgem da Luz a quem serviu com respeito e admiração. Partira a autora do “Meu Porta-joias” onde deixou guardadas todas as suas principais joias: filhos(as), genros, noras, netos e netas.


Serena sempre, Dona Ló deixou à sociedade, uma família que tem percorrido paulatinamente os caminhos da honradez e decência, servindo à cidade e habitantes, dentro dos princípios religiosos da solidariedade e respeito.  

Quando a tarde deste sábado der os primeiros passos em direção do anoitecer, os amigos e familiares de Clotilde Coutinho, dona Ló, estarão relembrando-a durante a missa a ser celebrada pelo sempre amigo monsenhor Nicodemos, lá na fazenda Sapucaia, na mesma casa onde começara a vida, ao lado dos irmãos, sob a orientação dos pais e futuramente depois de contrair matrimônio com Arnaud de Ché, sob as bênçãos do monsenhor Emiliano de Cristo, na Igreja de Nossa Senhora da Luz.

Dona Ló marcou época, graças ao sorriso sempre presente no rosto e pelas mãos estendidas à proteção dos mais humildes, sem fazer nenhum alarde. Não tinha o hábito dos fariseus dos tempos de Jesus ou dos fariseus tão atuais. Era simples e do povo, graças à educação que recebera.

Aos amigos de Dona Ló, a oportunidade de rezar conjuntamente amanhã à tarde. Vamos lá?