Amanhã, é um novo dia
para Guarabira, notadamente para quem teve o direito e o privilégio de conhecer
de perto, Dona Ló, ou apenas e tão somente, Clotilde Coutinho, que há um ano,
exatamente, nos deixou, chamada a prestar serviços na mansão do Senhor Deus.
Com um sorriso no rosto
espargindo serenidade, Dona Ló, a senhora do casarão 344 da rua Manuel Lordão, a
esposa e sempre companheira de Arnaud de Ché, a quem um dia entregou a vida e
capacidade de amar, deixou aqueles com quem conviveu, numa enorme solidão. Por
lá, ainda hoje há um grande vazio. O cotidiano não é mais o mesmo.
Chamada por Deus foi
viver a vida eterna. O seu trabalho estava completo por aqui. Era chegada a
hora de viver uma nova vida, na paz celestial, amparada pelo manto da Virgem da
Luz a quem serviu com respeito e admiração. Partira a autora do “Meu Porta-joias” onde deixou guardadas
todas as suas principais joias: filhos(as), genros, noras, netos e netas.
Serena sempre, Dona
Ló deixou à sociedade, uma família que tem percorrido paulatinamente os caminhos
da honradez e decência, servindo à cidade e habitantes, dentro dos princípios
religiosos da solidariedade e respeito.
Quando a tarde deste
sábado der os primeiros passos em direção do anoitecer, os amigos e familiares
de Clotilde Coutinho, dona Ló, estarão relembrando-a durante a missa a ser celebrada
pelo sempre amigo monsenhor Nicodemos, lá na fazenda Sapucaia, na mesma casa onde
começara a vida, ao lado dos irmãos, sob a orientação dos pais e futuramente
depois de contrair matrimônio com Arnaud de Ché, sob as bênçãos do monsenhor Emiliano
de Cristo, na Igreja de Nossa Senhora da Luz.
Dona Ló marcou época,
graças ao sorriso sempre presente no rosto e pelas mãos estendidas à proteção
dos mais humildes, sem fazer nenhum alarde. Não tinha o hábito dos fariseus dos
tempos de Jesus ou dos fariseus tão atuais. Era simples e do povo, graças à
educação que recebera.
Aos amigos de Dona
Ló, a oportunidade de rezar conjuntamente amanhã à tarde. Vamos lá?