Bancários
em greve e representantes da Federação Nacional dos Bancos se reuniram nesta
terça-feira para negociar o fim da greve. A reunião, fechada, ocorreu, no Hotel
Maksoud Plaza, na capital paulista.
Segundo
o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e a Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a reunião foi
convocada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Os
bancários estão em greve há 15 dias. Ontem, segundo a Contraf-CUT, 12.496
agências e 40 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26
estados e no Distrito Federal. “Nossa expectativa é que eles saiam
daquela linha de um reajuste muito abaixo da inflação com abono, pois sabemos
que é prejudicial para a carreira dos bancários e das bancárias. Nós queremos a
reposição da inflação, mais ganho real. Isso é o que todo bancário e toda
bancária, que estão há 14 dias de greve, desejam ouvir amanhã”, disse Roberto
von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando
Nacional dos Bancários.
– Os
bancos são um dos setores mais lucrativos do país e podem melhorar o que
apresentaram aos trabalhadores. Já sabem que sem reajuste digno, valorização do
piso, dos vales, da PLR e melhoria nas condições de trabalho, a campanha não se
encerra – disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos
Bancários. Segundo o sindicato, 881 locais de trabalho de sua base estavam
parados ontem. O sindicato estima que 25 mil trabalhadores de São Paulo e
região estão parados.
Os
bancários reivindicam reajuste salarial de 16% (o que inclui reposição da
inflação mais 5,7% de aumento real), participação nos lucros e resultados (PLR)
equivalente a três salários mínimos mais R$ 7.246,82, melhores condições de
trabalho, fim das demissões, entre outros. A proposta feita pela Fenaban,
apresentada no dia 25 de setembro, era de um abono no valor de R$ 2,5 mil para
todos os bancários e um índice de reajuste dos salários e benefícios de 5,5%. Fonte:
Correio do Brasil.
