247 - O prefeito do Rio, Eduardo
Paes (PMDB), afirmou, nesta quarta-feira, que, se houve pagamento de propina em
obras das Olimpíadas, os envolvidos têm que ir para o “xilindró”.
A declaração foi dada sobre investigações
envolvendo o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo a
Procuradoria-Geral da República (PGR), Cunha é acusado de receber dinheiro para
atuar na concessão de benefícios a empreiteiras de obras da Rio-2016. A pedido
de construtoras, ele negociou modificações no texto de uma Medida Provisória
que concedeu isenções tributárias a empresas executoras de obras da Olimpíada.
Teria cobrado R$ 1,9 milhão para atuar no caso.
“Tem que apurar, e se recebeu mesmo propina tem
que prender quem recebeu e quem pagou. Assim que tem que funcionar as coisas no
Brasil, mas as pessoas têm direito à defesa. Bandido que recebe propina tem que
ir para a cadeia, para o xilindró. Na Olimpíada não tem Paulo Roberto”, disse o
prefeito, em referência ao ex-diretor da Petrobras que foi preso na Operação
Lava Jato.
Paes defendeu ainda um esforço para a unificação
do PMDB, após racha contra o movimento golpista de Cunha e Temer:
“Há um esforço permanente nosso de buscar
entendimento. Acho que a posição do PMDB do Rio é em defesa dessa união. A gente
acha que foi uma violência a retirada do deputado Leonardo Picciani da
liderança do PMDB. Essa liderança foi recuperada e o presidente Michel Temer
tem sido sempre uma pessoa muito equilibrada na condução do PMDB. Vamos manter
assim. É um esforço de diálogo, não dá para o partido ficar dividido”, afirmou.
Fonte:
Brasil 247.