sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

SUBPROCURADORA DIZ QUE HOUVE “NEGLIGÊNCIA E OMISSÃO” DA SAMARCO EM MARIANA



As causas e os impactos do rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Bilinton, em Mariana (MG) ainda estão sendo investigados. A subprocuradora-geral da República, Sandra Cureau, afirma que já é possível dizer que houve "negligência e omissão" da empresa no caso.


Em entrevista à Agencia Brasil, a coordenadora da Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal disse que há vários indícios de descuido, como a falta de um plano de contingência e de controle técnico sobre o volume que a barragem de rejeitos suportava. "A coisa foi tão negligenciada que nem a Samarco sabia exatamente o que estava acontecendo. Eles chegaram a falar em duas barragens rompidas, mas só se rompeu a de Fundão. Quer prova maior de negligência que isso?"

Durante a conversa, Sandra defendeu que a Samarco deve arcar com todos os prejuízos, criminais e cíveis decorrentes do desastre. Ela explicou que, se a empresa não puder pagar pelo estrago, as controladoras da mineradora, a brasileira Vale e a australiana BHP Billiton, podem ser acionadas. "Não vai ser o contribuinte que vai pagar pelos prejuízos do desastre", declarou.

A onda de lama formada a partir do rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro, destruiu o distrito de Bento Rodrigues e deixou mais de 600 desabrigados. Já foram confirmadas 11 mortes, dois corpos aguardam identificação e oito pessoas estão desaparecidas. Desde que chegou ao rio Doce, a lama impediu a captação de água em muitas cidades, provocou a morte de toneladas de peixes e destruiu a paisagem local, até alcançar o mar no Espírito Santo. Fonte: Portal UOL Notícias.

OPINIÃO DO BLOG: Aqui pra nós, não teriam autoridades ligadas ao município ou Estado a responsabilidade maior de exercer a fiscalização de forma constante sobre a atuação dessa Samarco, principalmente porque acumulava sempre em local previamente escolhido – e com autorização de quem? – rejeitos de minérios considerados pesados, ou simplesmente? E se precisando e não tendo acontecido essa monitoração, outros órgãos não estão unidos à Samarco na responsabilidade pelo desastre acontecido, ou apenas a ela deve ser atribuído o erro?
Por que não houve fiscalização? Isso é no mínimo estranho, muito estranho mesmo!
Os habitantes que perderam tudo estavam aparentemente residindo numa área abaixo do percurso feito pela lama dessa barragem. Ninguém percebeu isso ou imaginou que num possível acidente poderia resultar nesse drama humano?
Vidas se perderam nesse desastre e nunca mais voltarão ao convívio dos seus familiares e da própria comunidade e agora como se conformarão os mais humildes que ali foram duramente atingidos?
O que explicar aos Estados ali atingidos sobre o desastre ambiental de proporções inimagináveis? alguém vai de fato e de direito recuperar tudo isso? Ah, lembro que o tempo está passando e passando...
Solução e menos blá blá blá, senhores!