Rio 247 – Uma reportagem
especial do jornalista Alfredo Mergulhão revela que a investigação sobre o
chamado mensalão de Furnas, operado por Dimas Toledo, diretor indicado para a
estatal pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), voltou praticamente à estaca zero.
A denúncia surgiu em 2005, quando o então
deputado Roberto Jefferson, do PTB, delator do chamado 'mensalão', afirmou que
havia um esquema semelhante em Furnas, que vinha desde o governo FHC.
O caso começou a ser investigado pelo Ministério
Público Federal, quando a procuradora Andréa Bayão denunciou 11 pessoas à
2.ª Vara Federal Criminal do Rio, em 25 de janeiro de 2012, entre elas o
ex-diretor Dimas Toledo.
Recentemente, Furnas voltou a frequentar o noticiário
porque diversos delatores citaram o senador Aécio como um dos responsáveis pelo
esquema – primeiro, o doleiro Alberto Yousseff; depois, o lobista Fernando
Moura.
No entanto, após a denúncia da procuradora,
o juiz Roberto Dantes de Paula, da Justiça Federal no Rio, entendeu que a
análise da denúncia competia à Justiça estadual, pelo fato de Furnas ser uma
empresa de capital misto.
Isso fez com que o caso passasse para a Polícia
Civil do Rio de Janeiro, que, quatro anos depois, não concluiu seu inquérito
sobre o caso.
"O caso ficou conhecido como
"lista de Furnas" e envolvia políticos supostamente beneficiados
com dinheiro desviado da estatal com sede no Rio. O esquema reproduzia o
praticado no mensalão, segundo a procuradoria. A corrupção em Furnas foi citada
nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do lobista Fernando Moura,
na Operação Lava Jato. Ambos apontam o senador Aécio Neves (PSDB-MG) como
beneficiário de desvios. Ele nega", diz a reportagem de Alfredo Mergulhão.
Neste domingo, o repórter investigativo
Joaquim de Carvalho também publicou um perfil completo sobre Dimas Toledo. Fonte:
Brasil 247.