247 - O líder do PSDB no Senado, Cássio
Cunha Lima (PB), classificou como "abuso" a ação de busca e apreensão
da Polícia Federal na residência funcional da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR),
no âmbito da Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato. O marido da
senadora, ex-ministro Paulo Bernardo, foi preso no local.
"As
investigações tem nosso apoio. Contudo, é preciso coibir e ficar atentos a
abusos, porque um juiz de primeira instância não tem jurisdição para determinar
buscas na casa de uma senadora. Pode até se admitir nas propriedades privadas,
mas em uma residência oficial, em um apartamento funcional do Senado, só quem
poderia autorizar é o Supremo Tribunal Federal", disse Cunha Lima.
Para
ele, não existem razões para "tripudiar" dos adversários. "Por
mais que o embate político seja duro, há uma família por trás. Não motivo para
tripudiar. Temos que ter responsabilidade. Não é algo para soltar fogos. Tem um
limite no embate, de respeito às pessoas. Apesar de políticos, somos gente, tem
que ter um mínimo de compreensão com a dor alheia", observou o tucano.
O
parlamentar, contudo, rebateu as críticas feitas pelo senador Lindbergh Farias
(PT-RJ) de que o processo de impeachment serviria para estancar as
investigações e que a ação desta quinta-feira teria como objetivo atingir o PT.
"Essas
teorias conspiratórias só demonstram o deslocamento da realidade. O PT quer
transformar essas investigações em chiclete, que escolhe que lado morde. Tem
hora que é bacana, tem hora que não é. O trabalho do Ministério Público e da
Polícia Federal tem sido feito de forma competente", destacou. Fonte:
Brasil 247.