247 - Alvo central das novas delações e
gravações vazadas da Lava Jato, o PMDB de Michel Temer adotou uma nova postura
para não desestabilizar o governo interino. Segundo o ministro-chefe da Casa
Civil, quem for envolvido terá de entregar o cargo. “Na Lava Jato, se aparecer
alguém do governo, já se sabe qual a posição do presidente: é que a pessoa
deixe a equipe. Portanto, [o governo] não será atingido diretamente de nenhuma
forma, fica preservado”, disse ele, em entrevista à "Folha de S.
Paulo".
Depois
de Romero Juca, que diz em gravação que o impeachment foi motivado para frear a
Lava Jato, outros ministros devem cair. O procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, enviou um despacho recente ao STF afirmando que o ministro do
Turismo, Henrique Alves, se beneficiou diretamente do esquema com a ajuda do
deputado afastado Eduardo Cunha.
Também
na tentativa de melhorar a confiança na economia antes da votação final do
impeachment, Padilha afirma que o presidente interino pretende lançar um pacote
de "medidas de impacto" no curto prazo. “Para geração de empregos e
ativar a economia, com algum tipo de mecanismo estimulante que não importe em
subsídios”.
Entre
as ideias, estão a revisão das regras para exploração do pré-sal, a total
abertura das empresas aéreas para grupos estrangeiros e a possível liberação da
compra de terras por estrangeiros.
Também
diz que a reforma da previdência deve sair antes do final do ano: “Se houver
uma fórmula que se sustente sem idade mínima, vamos ver. O exemplo mundial que
temos dos sistemas bem-sucedidos inclui idade mínima e crescente. É o caso que
o Brasil terá de fazer," disse. Fonte: Brasil 247.