247 - Horas após renunciar à presidência
da Câmara na quinta-feira (7), o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
mandou uma série de mensagens em um dos grupos de WhatsApp da bancada do PMDB.
O peemedebista retomou sua participação no aplicativo de mensagens para entrar
em campanha pela escolha de um sucessor que venha do chamado
"centrão", grupo de deputados sobre o qual mantém influência.
Demonstrando
sua relação de proximidade com o presidente interino Michel Temer, Cunha disse
que o PMDB tem hoje "condição diferente" uma vez que ocupa a
presidência da República. "Temos condição diferente hoje por termos o
presidente da República", afirmou
Ele
também alardeou uma suposta tentativa de "golpe" contra o presidente
interino Michel Temer.
Para
convencer os peemedebistas a terem pressa na votação da escolha do novo
presidente da Câmara, Cunha sinalizou que, com Waldir Maranhão à frente dos
trabalhos, a Casa permaneceria paralisada na última semana antes das férias dos
congressistas e – ainda mais grave – haveria margem "ao golpe que querem
fazer de aceitar o impeachment de Michel".
Nas
mensagens, Cunha também agradece aos peemedebistas pelo "carinho" e a
"solidariedade" e faz uma autodefesa, dizendo que a composição da
Mesa Diretora – que acumula candidatos à presidência – não foi de sua escolha,
mas sim de cada partido. Ele faz referência direta ao vice-presidente Waldir
Maranhão e ao primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), ex-aliado
que tenta ocupar sua agora vaga cadeira. "Belo (sic), em uma pesquisa
rápida, responde a três inquéritos no STF, além de duas ações penais",
ataca o peemedebista. "Nunca podemos esquecer que vencemos a eleição em
primeiro turno em aliança com vários partidos. Ninguém sozinho ganha a
eleição", continua.
O
ex-líder tentou ainda quebrar a resistência do PMDB para ceder a presidência a
outro partido: ele afirmou que a legenda tem hoje uma "condição
diferente" por estar na Presidência da República e do Senado. Para Cunha,
são "remotas as chances" de aceitarem o partido também no comando da
Câmara.
Ele
saiu também em defesa do chamado centrão e afirmou que o grupo "não é
contra" o PMDB. Fonte: Brasil 247.