Michèlle
Canes, repórter da Agência Brasil - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), ministro Gilmar Mendes, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) cópias
de documentos com informações sobre uma das empresas que prestaram serviços à
campanha eleitoral da presidenta afastada Dilma Rousseff.
Mendes,
que é o relator da prestação de contas no TSE, diz que recebeu informações da
Secretaria Municipal de Finanças de Uberlândia (MG) sobre uma das empresas e
que encaminhou à secretaria, "para apuração de eventual ilícito",
cópia de um documento em que o PSDB "aponta indícios de irregularidades
relativos à empresa DCO Informática Comércio e Serviços Ltda.", que
aparece na relação de gastos declarados na prestação de contas da campanha de
Dilma em 2014. A empresa foi contratada para enviar mensagens para celulares
durante a campanha eleitoral.
O
texto do ministro diz ainda que a secretaria informou ao TSE que a empresa DCO
mudou de endereço sem avisar à prefeitura de Uberlândia, não tem alvará de
funcionamento desde 2012, nem identificação na fachada de sua sede. Conforme as
informações, um sócio da DCO disse que a empresa tem um servidor e notebook e
três funcionários não registrados de acordo com a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).
Diante
das informações prestadas, Gilmar Mendes decidiu enviar cópia da documentação
ao STF, para o ministro Edson Fachin, relator de uma ação que tramita na corte.
Em
maio, em outro despacho, o ministro Gilmar Mendes cita um ofício enviado pela
Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais com informações sobre essa
empresa e determina o envio de dados ao Ministério Público Federal e ao
Departamento de Polícia Federal.
Em
dezembro de 2014, as contas da campanha de Dilma foram aprovadas com ressalvas
por unanimidade no TSE. Em fevereiro deste ano, Mendes atendeu a um pedido do
PSDB e determinou que seis órgãos de investigação apurassem supostas
irregularidades nos pagamentos a sete empresas que prestaram serviços à
campanha eleitoral em 2014. A Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério
Público, deveriam investigar se as empresas receberam valores que
desproporcionais à capacidade operacional para prestar serviços na campanha. Fonte:
Brasil 247.