Paraná
247 - O juiz
federal Marcos Josegrei da Silva, titular da 14ª Vara Federal de Curitiba, deu
uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira 21 sobre sua decisão que
resultou na prisão de dez suspeitos que supostamente estariam planejando um
ataque terrorista durante a Olimpíada do Rio de Janeiro, em agosto.
Em
sua fala, o magistrado contradisse o ministro interino da Justiça, Alexandre de
Moraes, que disse horas antes à imprensa que o líder do grupo estava preso em
Curitiba. "Essa questão da liderança, quero esclarecer que foi uma leitura
feita pelo ministro da Justiça", disse o juiz, que reiterou que os
suspeitos não podem ser considerados "terroristas".
"E
há pessoas com manifestações menos incisivas, mais de postagem de fotos. Dizer
que tem uma liderança de uma organização piramidal, isso eu não poderia
dizer", acrescentou o juiz. Josegrei da Silva disse que "a
investigação da Polícia Federal reuniu elementos suficientes para justificar a
medida preventiva com base na nova Lei Antiterrorismo do Brasil", mas
que "não se pode dizer que essas pessoas são terroristas, que vão
cometer esses atos".
"Mas
tenho na minha frente pessoas que exaltam esses tipos de condutas reprováveis
pelo mundo civilizado. Embora não tenham organização muito sólida, tendo esses
elementos, sob ponto de vista legal está justificado esse tipo de prisão
preventiva", explicou. "É preciso deixar bem claro o seguinte:
são afirmações por internet, que pessoas fazem por meios virtuais. As prisões e
as buscas buscam obter elementos que confirmem ou não isso. Nem tudo que uma
pessoa preconiza no meio virtual, ela vai realizar no real", disse ainda.
Segundo
Moraes, o grupo fez um "batismo" com o grupo extremista Estado
Islâmico pela internet, que seria em forma de juramento. Planejavam aprender
artes marciais a 15 dias da Olimpíada e queriam adquirir armas pela internet. O
ministro interino admitiu que os suspeitos eram desorganizados. Fonte:
Brasil 247.