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Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a manutenção da prisão do
ex-ministro Geddel Vieira Lima. Na manifestação, feita em um recurso
apresentado pela defesa do peemedebista, em que pede a revogação da prisão
preventiva, o órgão aponta a “sucessividade de práticas delituosas” cometidas
por ele. Ainda de acordo a peça, assinada pelo vice-procurador-geral Luciano
Mariz Maia, a prisão de Geddel é necessária para preservar a ordem pública. A
manifestação ainda contesta argumentos usados pela defesa do ex-ministro. “O
fato de ter havido mais de um pedido de prisão preventiva, ao contrário de
revelar verdadeira fixação contra o peticionário, só reforça que o agravante
tem ousado desafiar a ordem pública sucessivamente, ainda nos dias atuais
(segundo semestre de 2017), mediante a prática de crimes graves como obstrução
de justiça e lavagem de dinheiro”, afirma Maia. Ainda de acordo com o
vice-procurador-geral, Geddel tem demonstrado “propensão” a cometer crimes
reiteradamente. “Portanto, se houve, em intervalo pouco superior a 02 (dois
meses), mais de um pedido de prisão preventiva em face de GEDDEL, isso foi
correspondente à sua demonstração in concreto de propensão à reiteração de
prática criminosa, notadamente a correlacionada às investigações contra si ora
em curso, jamais uma verdadeira fixação na persecução criminal em face dele”,
sustenta. Geddel foi preso no dia 5 de setembro, após a apreensão de R$ 51
milhões em um apartamento em Salvador. O caso, inicialmente investigado na
primeira instância, foi deslocado para o Supremo Tribunal Federal (STF) após o
surgimento de indícios de participação do deputado federal Lúcio Vieira Lima
(PMDB-BA), irmão de Geddel, na prática do crime. Fonte: BN – BAHIA NOTÍCIAS.