Éris Bezerra Crivella
pode ter se beneficiado da posição do filho Marcello Crivella (PRB - RJ), como
prefeito do Rio de Janeiro, para passar à frente de outros pacientes e ser
operada, no último dia 17, no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Pelo
menos é o que apura um inquérito aberto nesta quinta-feira (22) pelo Ministério
Público do Estado do Rio.
No
terceiro inquérito civil aberto contra o prefeito em uma semana, a 1ª
Promotoria de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania investiga a aprovação da
intervenção cirúrgica no punho de Éris Crivella.
O
processo, assinado pelo promotor Salvador Bemerguy, argumenta que é preciso
investigar "a possível prática de improbidade administrativa no
atendimento de saúde diferenciado prestado à mãe de Crivella",
justificando que há pacientes na fila de espera de cirurgia ortopédica há
meses. O promotor quer saber ainda se Éris Crivella tem ou tinha plano de saúde
privado.
O
Secretário de Saúde Marco Antônio de Mattos foi notificado a depor em 15 dias,
a partir do recebimento do ofício. O Ministério Público também pediu à direção
do Salgado Filho que apresente o prontuário da mãe do prefeito, a lista dos
profissionais que atuaram na cirurgia e a lista de pacientes na fila da
cirurgia ortopédica.
Conforme
O Globo, Crivella informou que estava fora da cidade quando soube da cirurgia
da mãe. A decisão de operar foi tomada pelo ortopedista e subsecretário de
Saúde Complementar e ex-diretor do Salgado Filho, João Berchmans Iório de
Araújo.
O
prefeito está sendo investigado também em um processo de suposta irregularidade
nas viagens que fez ao o exterior - com diárias de agentes públicos 64% mais
caras - e por improbidade administrativa no planejamento do carnaval. Fonte:
Notícias ao Minuto.
OPINIÃO DO BLOG: O povo que só é visto às vésperas de eleição em qualquer âmbito, tem hoje um vigilante de prontidão na pessoa de quem faz o ministério público. Graças à ação de tantos promotores de justiça, muitas irregularidades têm sido detectadas.
Imagine se todos os que fazem o ministério público do país, destacadamente dos municípios interioranos, tivessem essa mesma atitude vigilante sobre as ações de governantes inescrupulosos que se unem na fraude a seus agentes administrativos, para possibilitar o imoral.
Parlamentares municipais por exemplo, segundo noticiário matinal de emissora de rádio, votam permissão para pagamentos de tratamentos médicos de prefeitos, como se eles não tivessem bons salários e mordomias do cargo, ou como se não devessem aguardar decisão do SUS em não tendo recursos próprios para o tratamento a ser submetido. Esquecem por ingratidão antes de mais nada, que a grande maioria do povo que conduzem por vezes não tem como fazer um enterro digno de parente.
Um dia o povo votará em quem não exerça o cargo com decência e senso de justiça social. Mas, até isso acontecer, muitas águas passarão por baixo da ponte.