Dez dias depois de se filiar ao PSB, o
ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa já é
considerado o virtual candidato do partido à Presidência da República. A
resistência inicial a um projeto eleitoral encabeçado pelo ex-ministro foi superada
internamente, disse nesta segunda-feira (16) o presidente do PSB, Carlos
Siqueira. "Havia dúvidas, mas ao longo do tempo elas foram se atenuando.
Hoje (a candidatura) é um consenso. Vai ser possível anunciar em breve",
afirmou Siqueira. A entrada do ex-ministro do STF na arena da disputa
presidencial ganhou impulso significativo após a divulgação da pesquisa
Datafolha, no Domingo. Nos cenários que incluem ou excluem o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, Barbosa alcança de 8 a 10 pontos porcentuais e fica à
frente ou empatado (sempre dentro da margem de erro) de pré-candidaturas já
consolidadas, como a de Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). O resultado
deixou Barbosa impressionado. Segundo um interlocutor, seu nome aparece em um
patamar competitivo sem ele "abrir a boca e sem praticamente sair de
casa". Nos últimos meses, o ex-ministro do Supremo se manteve recolhido à
espera de uma "segurança mínima" do PSB para ingressar no partido. O
processo de filiação superou desconfianças mútuas e o ritual do lançamento de
Barbosa já está sendo preparado. Ele deve se reunir na quinta-feira, em
Brasília, com a cúpula da sigla e líderes do PSB para discutir um calendário de
viagens pelos Estados. Antes resistente ao projeto de Barbosa, o governador de
Pernambuco, Paulo Câmara, passou a considerar que o ex-ministro "se
enquadra" no perfil de centro esquerda que o PSB quer e elogia a
trajetória dele. Câmara convidou Barbosa para conhecer o modelo de gestão em
Pernambuco. O governador, no entanto, é contra anunciar agora a pré-candidatura
de Barbosa. A resistência do atual governador de São Paulo, Márcio França
(PSB), perdeu força porque ele não conseguiu amarrar o apoio do PSDB de Alckmin
à sua candidatura à reeleição. Com isso, o caminho para a filiação de Barbosa
ficou aberto. Nesta segunda-feira, França sugeriu uma dobradinha entre o
ex-governador tucano e o ex-ministro do Supremo. Foi a consolidação do nome de
Barbosa como possível candidato do PSB ao Planalto que levou o ex-ministro Aldo
Rebelo a deixar o partido. Conforme antecipou o estadao.com.br, Aldo foi
anunciado nesta segunda como pré-candidato do Solidariedade. Nesse período, o
ex-ministro também ganhou aliados internos como o deputado Alessandro Molon
(RJ), que deixou a Rede para ingressar no PSB. Sempre crítico à atuação dos
"caciques" nos partidos, Barbosa levou em conta o fato de o PSB ser
hoje um partido "sem dono" desde a morte do ex-governador de
Pernambuco Eduardo Campos. Barbosa nunca escondeu sua defesa da possibilidade
de candidatura avulsa (sem necessária filiação a uma sigla). Após o Datafolha,
o recado do partido é que a candidatura agora depende de Barbosa. O marqueteiro
argentino Diego Brady já se reuniu uma vez com o ex-ministro, mas tem evitado
falar sobre a possível candidatura. Há, porém, uma percepção no PSB de que o
relator do julgamento do mensalão no Supremo poderá ser apresentado aos
eleitores como alguém capaz de exercer a gestão do País com autoridade, mas
comprometido com os valores democráticos. Uma forma de tentar contrapô-lo a
Jair Bolsonaro (PSL). Fonte: BN – Bahia Notícias.
OPINIÃO DO BLOG: A candidatura do ex-presidente
do STF Joaquim Barbosa, é uma prova cabal de que existem nomes e bons na
competitividade eleitoral, que não têm compromisso pelo menos até este momento,
com os conhecidos medalhões da política brasileira ou com grupos viciados há
décadas em disputas eleitorais.
No momento em que se está assistindo desde o início da
operação Lava Jato a tantos desmandos administrativos, para não mencionar indiferença
total de governantes e parlamentares à causa popular, é chegada a hora de se
meditar e bem, para escolher nomes que não estejam viciados na política e
fazendo dela profissionalismo.
Outros nomes surgirão e ao nosso povo caberá a meditação e
apreciação das plataformas administrativas melhor elaboradas e que se fundamentem
em desenvolvimento do país sem machucar o povo e as classes mais pobres como se
faz atualmente.
Muitos nomes que se (re)apresentam têm uma trajetória de perseguição
ao poder e nada mais que isso, e ao passar de cada eleição, desaparecem
completamente do cenário político, alguns deles surgindo apenas e tão somente
em programas eleitorais gratuitos apresentados pela televisão, porque são
presidentes de partidos ou muito ligados a esses.
Que venham muitos nomes de pessoas não vinculadas à política
tradicionalista, para que possamos imaginar um futuro de decência, responsabilidade e seriedade
administrativa e parlamentar.