A decisão do governo
cubano desde o dia 14 deste mês, sobre o retorno dos seus patrícios trabalhando
no projeto Mais Médicos, tem várias implicações preocupantes para nosso povo e para
os próprios candidatos ao regresso à Ilha, conforme divulgações livres da nossa
imprensa.
Enquanto isso, o governo Michel
Temer que dá os seus últimos suspiros, não tem mais poder de decisão. Resta-lhe
apenas observar o cenário e arrumar as malas.
Esses profissionais cubanos
que prestam serviços médicos até 31 de dezembro próximo, só poderiam ser
chamados ao Brasil, após todas as vagas do Mais Médicos terem sido preenchidas,
obedecidos os critérios do projeto. Assim, a maioria deles ocupou as vagas que que
sobraram em municípios pequenos, aldeias indígenas e na periferia de cidades
grandes, onde são as estruturas de trabalho.
Segundo a Folha S.Paulo, essa
medida do governo cubano, retirará do programa Mais Médicos brasileiro, mais de
8 mil profissionais que atendem a população espalhada por mais de 2.800 cidades,
sem falar que que 300 deles são responsáveis por atendimento a aldeias
indígenas.
O contrato do governo
brasileiro não é firmado diretamente com o médico cubano, uma vez que no seu
país ele é funcionário do Ministério da Saúde Pública. Daí o contrato ser celebrado
com a Opas (Organização Panamericana de Saúde),
pagando-se atualmente por cada médico, a importância de R$ 11.865,60. Dessa quantia
o governo cubano só repassa R$ 3.000,00 a cada médico aqui trabalhando.
Hoje, já se sabe que
alguns médicos cubanos expressam a sua tristeza e insatisfação em ter que
regressar ao seu país, até 31 de dezembro, haja vista determinação do seu
governo, com o rompimento do contrato com o Brasil.
Começa o drama de alguns
médicos chamados a regressar a Cuba, como revela hoje o HuffPost Brasil, através do Yahoo, nas palavras
do médico cubano Frank Rodríguez: “Eles não perguntaram se eu queria
ficar no Brasil. E eles também não me deixam fazer a prova para revalidar o
diploma”.
Mais um drama, agora sentimental, com o rompimento do Mais Médicos.