domingo, 18 de novembro de 2018

DRAMAS DO MAIS MÉDICOS


A decisão do governo cubano desde o dia 14 deste mês, sobre o retorno dos seus patrícios trabalhando no projeto Mais Médicos, tem várias implicações preocupantes para nosso povo e para os próprios candidatos ao regresso à Ilha, conforme divulgações livres da nossa imprensa.
Enquanto isso, o governo Michel Temer que dá os seus últimos suspiros, não tem mais poder de decisão. Resta-lhe apenas observar o cenário e arrumar as malas.
Esses profissionais cubanos que prestam serviços médicos até 31 de dezembro próximo, só poderiam ser chamados ao Brasil, após todas as vagas do Mais Médicos terem sido preenchidas, obedecidos os critérios do projeto. Assim, a maioria deles ocupou as vagas que que sobraram em municípios pequenos, aldeias indígenas e na periferia de cidades grandes, onde são as estruturas de trabalho.
Segundo a Folha S.Paulo, essa medida do governo cubano, retirará do programa Mais Médicos brasileiro, mais de 8 mil profissionais que atendem a população espalhada por mais de 2.800 cidades, sem falar que que 300 deles são responsáveis por atendimento a aldeias indígenas.
O contrato do governo brasileiro não é firmado diretamente com o médico cubano, uma vez que no seu país ele é funcionário do Ministério da Saúde Pública. Daí o contrato ser celebrado com a Opas (Organização Panamericana de Saúde), pagando-se atualmente por cada médico, a importância de R$ 11.865,60. Dessa quantia o governo cubano só repassa R$ 3.000,00 a cada médico aqui trabalhando.
Hoje, já se sabe que alguns médicos cubanos expressam a sua tristeza e insatisfação em ter que regressar ao seu país, até 31 de dezembro, haja vista determinação do seu governo, com o rompimento do contrato com o Brasil.
Começa o drama de alguns médicos chamados a regressar a Cuba, como revela hoje o HuffPost Brasil, através do Yahoo, nas palavras do médico cubano Frank Rodríguez: “Eles não perguntaram se eu queria ficar no Brasil. E eles também não me deixam fazer a prova para revalidar o diploma”.
Mais um drama, agora sentimental, com o rompimento do Mais Médicos.