sábado, 29 de agosto de 2020

DEUS O TENHA, JOÃO FLORIPES!!!



Por Martinho Alves de Andrade

Esses meses iniciais do ano os temos vivido como que anestesiados para não dizer completamente amedrontados, diante da pandemia que se abate sobre toda a população brasileira, e como não poderia fugir à realidade, por estas paragens guarabirenses também. E vamos vivendo fortalecidos pela fé cristã, de maneira que num dia estamos mais alegres, noutro assustados com possíveis resultados desagradáveis e por longos momentos até vivemos pensativos.
Pois bem, o início de agosto vai acontecendo de tudo: enquanto pacientes voltavam à convivência dos seus entes queridos festejando a vida, outras famílias já ajoelhadas e no seu silencio orante, imploravam ao Senhor, proteção por quem já estava sob cuidados médicos, enquanto outros mais se desmanchavam em oração também, para si e os amados da própria casa.
Aqui e acolá, porém, sempre surgia um gemido a demonstrar dor profunda no peito de alguém, que acabou de saber que o mal do século levou seu bem amado à páscoa, indo encontrar-se com o Misericordioso, em procura de paz definitiva e da vida eterna.
Sempre estivemos solidários a todos os nossos irmãos, vivessem a vida ou a despedida de seu bem querido em busca dos céus. Simplesmente continuávamos o cotidiano e nem imaginávamos passar por momentos tão dolorosos..
Oh, como vivemos essa dor, estudantes e professores de Educação Física de Guarabira, ao tomarmos conhecimento de que o querido e inesquecível João Floripes, homem de sorriso largo e semblante tranquilo, fora ao encontro do Criador, porque não mais lhe era permitido viver esta vida. Estava decidido, ele cumprira sua missão por aqui. Era hora de amenizar-lhe o sofrimento e fazê-lo chegar até Deus, para ao Seu lado viver a vida eterna. 
Chegara-lhe o momento de ser recompensado nos céus, pois enquanto humano, o professor João Floripes fora bom esposo, excelente pai de família, competente educador, amigo leal em todos os instantes, íntegro e humilde por natureza, devotado auxiliar de mãos sempre estendidas a quem delas precisasse, e o mais importante, sem divulgação do nome do beneficiado. Deu-se sem olhar a quem e sem nada exigir de ninguém.
Enquanto conosco esteve, foi de um caráter irreprovável e procurou sempre ser justo para com o próximo. E dentro desse princípio, não quis apenas e tão somente servir a todos em troca de presentes ou salários. Também o fez de coração escancarado e por respeito e amor ao próximo procurando levar conhecimento, saúde e atenção a quem tivesse sido excluído da sociedade. A caridade fazia parte do seu cotidiano profissional, também.
DEUS O TENHA, JOÃO FLORIPES!!!