segunda-feira, 27 de abril de 2009

LETRA E MÚSICA


Compreendes a letra e a musica
O som
As partituras
Que compões?

Escute a canção e a melodia
A letra doce escorrega
Se vai e ao longe cai

Mistura
Os corpos
É dança...

Sinta a composição
É sua historia
É sua verdade
Me faz a tua canção

Fechas os olhos
Se deixa invadir
Da canção

Escutas?
São minhas as verdades

Vês ?
È tua musica
Te fazendo
Canção...

Muitos me perguntam porque não criei um blog que falasse de política, uma vez que passei a vida dentro dela, tanto na estudantil como na partidária. Fui Conselheiro à Associação Guarabirense dos Estudantes Secundaristas e depois de adulto, Vereador por três mandatos. Realmente, aparentemente tudo seria mais fácil e teria uma boa clientela.

Depois que abracei o magistério, lecionando História da Paraíba, principalmente, criei amor pela causa e nunca mais pensei em outra coisa. Foi assim que idealizei um espaço para falar do que gosto, destacando as cidades/municípios. Cidades: História e Cotidiano, como blog apresenta artistas, poetas, profissionais liberais, escritores, políticos, pessoas do povo, etc. O importante é que inseridos num município/cidade, façam algo importante para o seu crescimento.

O poema que trazemos hoje, é da ex-aluna minha do Colégio da Luz e da Universidade Estadual e sempre se destaca na sociedade pela beleza corporal e de caráter e atualmente pela literária. Débora é parte do cotidiano de Guarabira e faz História como poetisa.

sábado, 25 de abril de 2009

VILA GOURMETT


Estacionamento e frontão da Casa de Eventos Vila Gormett

Com o crescimento de Guarabira, surge a necessidade de criação inteligente de casas de diversões que possam acomodar todos os gostos e idades. Daí, empresários que aqui têm se estabelecido, com o lucro adquirido ao longo dos anos de trabalho, vão cada vez mais investindo na nossa terra, acreditando no seu triunfo junto às demais cidades paraibanas. Daí, no antigo espaço ocupado pelo restaurante Anel do Brejo, o casal Pedro e Eliane, que já exerce atividade no ramo de alimentação, investiu na casa Vila Gourmett, onde se apresentam semanalmente artistas da nossa terra como Celione David e Banda, Leví Lobão e outras expressividades do mundo artístico e cultural do país. O local tem tradião e história.

Celione David e Banda na inauguração da Vila Gourmett

Casal Pedro e Eliane, responsável pelo mais novo empreendimento de Guarabira

Os finais de semana estão mais convidativos pelas oportunidades oferecidas pela classe empresarial guarabirense, àqueles que gostam de uma boa música e um local sereno para diversão, diálogo e apreciação de gente bonita. É visitar a Vila Gurmett para acreditar, às margens da rodovia Guarabira/Cuitegí, entre o Posto Frei Damião e a Universidade Estadual.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A BELEZA PEDE PASSAGEM

Quem diria que um dia Guarabira tivesse passarelas onde pudessem desfilar adolescentes belíssimas, mostrando todo seu charme e elegancia? Jovens encantadoras ocupam novo espaço no cotidiano do mundo empresarial, como a minha vizinha Rayane Pires, de cujos pais Marcos e Adriana sou amigo e vizinho há muitos anos.

A sua elegancia e simplicidade se misturam, acentuando-lhe ainda mais a beleza e levando-a a um promissor futuro, enquanto engrandece Guarabira, como charmosa profissional das passarelas. Ali os seus passos deixam marcas profundas que o sucesso haverá de perpetuar.

Os desfiles aqui realizados, têm demonstrado o rigor com que são tratados para agradar ao público assistente e por vezes, não parecem ser praticados em uma cidade interiorana. A sua qualidade chama a atenção de toda a região e ganha cada vez mais espaço perante a nossa sociedade. É a evolução da moda, da elegancia e da beleza.

Que a nossa cidade continue se juntando á beleza da juventude e ao compromisso de qualidade empresarial dos nossos homens de negócios, ampliando cada vez mais as oportunidades de sucesso para todos.

domingo, 19 de abril de 2009

A PADROEIRA E A FESTA

Catedral da Luz, antiga capela construída por Beiriz e casario (2006)

Para Cleodon Coelho, a Festa da nossa padroeira, Virgem da Luz, se deu por volta de 1901, conforme menciona na sua obra GUARABIRA ATRAVÉS DOS TEMPOS (1955), evoluindo à medida que o município foi se desenvolvendo. Na obra, Cleodon não se aprofunda na discussão, quiçá à falta de elementos que o pudessem favorecer na pesquisa.

Há indícios de que a festa religiosa e profana, vem de 1756, ou seja, um ano depois da chegada do colonizador português José Gonçalves da Costa Beiriz, que trouxera das terras lusitanas, uma pequena imagem da Virgem, em madeira, para aqui continuar adorando-a. Trouxe-a em 1755, porque prometera erguer-lhe uma capela, no lugar onde não houvesse cataclismas como o terremoto que em Lisboa, matou mais de 40 mil pessoas, e que o fizera procurar paragens mais seguras. Assim, escolhida Guarabira para habitar com os familiares, Beiriz construiu a capela, apesar de haver encontrado uma outra, erguida pelo padre João Milanez, onde era adorada Nossa Senhora da Conceição, conforme afirmações do pároco Emiliano de Cristo em Reminiscências de Guarabira.
Festa da Luz na década de 1980, em pleno centro da cidade

A festa se inicia em 25 de janeiro até 2 de fevereiro, com procissão pelas ruas da cidade. O pavilhão e parques de diversão, antes no adro da igreja, ocupam hoje o início do calçadão e avenidas Dom Pedro II e Dr. Sabiniano Maia, enquanto por muitas outras ruas da cidade, centenas de pessoas garantem o seu sustento através de barracas de prendas, tiro ao alvo, camarotes, estacionamentos organizados, barracas de bebidas e comidas típicas, artesanatos, exposições fotográficas e de telas de pintores regionais, cordelistas, poetas repentistas, grupos de dança (infantís e adultos), etc. As atrações musicais nacionais e internacionais, se apresentam em 2 palcos Luz e cantores da terra e região, nos palcos Cuitegí e Pilõezinhos.

(Grupo musical do Prof. Leão, no palco do Cuitegí, Festa da Luz 2007)

Acreditamos que a partir de agora, a Secretaria de Cultura do Estado, por conta do novo governo (José Maranhão), a Festa da Luz será incluída no calendário turístico da Paraíba, conquistando maior pujança e favorecendo social e econômicamente o município. A nossa festa merece esse destaque por ter sido ao longo da sua história política, solidária e muito, com todos aqueles que disputando um mandato, a procuraram. As urnas falam muito bem da sua lealdade e dos resultados eleitorais.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

UMA LAGOA SEMPRE VIVA

A intensidade das últimas chuvas caídas em toda a região desde a noite do sábado, dia 11, mostra-nos que a velha lagoa da cidade, continua reclamando o seu aterramento para dar lugar à Dom Pedro II, centro comercial e econômico mais importante. As ruas transversais, de ambos os lados dessa artéria, também são atingidas. Essa situação vem piorando com o passar dos anos, causando prejuízos aos comerciantes estabelecidos nessas áreas e transtornos a pedestres e veículos, impedidos de utilizar os passeios públicos e faixas de rolamentos.

O aterramento da lagoa, começou com o prefeito Manoel Simões (1905) e passou pelas administrações de Luiz Galdino Sales (1909) e Sabiniano Maia (1938), desde a praça mons. Walfredo Leal, hoje Dr. Lima e Moura, até o rio Guarabira através da rua presidente Getúlio Vargas, antiga rua da Barra. Na administraçã.

o de Augusto de Almeida (1959-63), foram construídas galerias para escoamento das águas pluviais, a partir das imediações da Loja do Bacaninha até o rio Guarabira, pelas ruas 15 de Novembro e Floriano Peixoto.
Parece que os mais velhos ou experientes têm razão quando afirmam a necessidade de construção de um grande canal, principiando na av. padre Inácio de Almeida, onde estão os semáforos da Dom Pedro II, prolongando-se por toda essa artéria, e através das ruas Epitácio Pessoa e prefeito Manuel Lordão, venha a alcançar o rio Guarabira. Também poderá realizar o percurso pelo beco entre os cartórios centrais e a ponte de ferro da Great Western. É um empreendimento que consumirá um enorme volume de dinheiro e não poderá ser executado a sem ajuda dos Governos Estadual e Federal.

(Av. Dom Pedro II, centro de Guarabira - Arquivo fotográfico de Jean Targino)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

CAMARATUBA, UM LUGAR INESQUECÍVEL

No Litoral Norte paraibano, encontramos Barra de Camaratuba, onde o rio de mesmo nome, depois de percorrer grande parte do município de Mataraca, deságua no Oceano Atlântico, sob encantados olhares de turistas estrangeiros, vindos geralmente através de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Predominam, porém turistas paraibanos, sedentos de descanso e de novos conhecimentos, ai chegados pela rodovia BR 101 ou através de Baía da Traição, através das aldeias dos potiguaras (Galegos) localizadas no alto do Forte.















O rio corre entre a vegetação litorânea, falésias vivas e abundantes manguezais. A praia pode ser alcançada pela balsa que se presta ao transporte de passageiros e um automóvel por vez. Outra surpresa para os que ali chegam é conhecer de perto os moinhos que funcionam graças aos ventos litorâneos, produzindo energia eólica.













Mataraca, município onde está situada a Barra de Camaratuba, limita-se ao Norte com o Estado do Rio Grande do Norte, ao Sul com Baía da Traição e Rio Tinto, ao Leste com o Oceano Atlântico e ao Oeste com Mamanguape. É integrante da Mesorregião Mata Paraibana. A população é de 6.984 habitantes, dos quais 5.992 estão na área urbana e 992 na zona rural. Os homens (3.553), predominam sobre as mulheres (3.431).














A vida econômica do município é alavancada pela pesca, cana de açúcar utilizada por importante usina ali instalada e o turismo, com forte tendência a desenvolvimento, graças às belezas naturais da região e às aldeias potiguaras existentes em toda a área. Minerais metálicos também são encontrados.














Há entendimentos entre o governo do Estado e potiguaras das aldeias do Forte, para que a Baía da Traição possa se ligar ao Rio Grande do Norte via Mataraca, por rodovia asfaltada. Outros contatos existiram há alguns anos, entretanto os silvícolas se recusaram a essa idéia, temerosos da presença dos brancos mais uma vez em suas terras.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

HISTÓRIA DA RUA COSTA BEIRIZ

Encontro das ruas 15 de Novembro e Costa Beiriz, no sentido Banco do Brasil/Fórum Municipal

A colonização de Guarabira sob a responsabilidade do português José Gonçalves da Costa Beiriz, a partir de 1755, ficaria marcada para sempre na memória histórica dos nossos munícipes, através da capela (atual catedral) da Virgem da Luz, cuja imagem trouxera consigo e familiares quando resolveu aqui fixar residência e para sobreviver, fundou um engenho moderno por ter eixos de ferro.


Não se conhece fotografia de Beiriz e por isso não puderam os administradores do município erguer-lhe uma estátua, ao menos, como reconhecimento pelo seu trabalho em favor da fundação de Guarabira. Só restou às autoridades batizar uma das mais antigas ruas com o seu nome, com início ao lado do Fórum Dr.Augusto de Almeida e término à avenida padre Inácio de Almeida, próxima ao Mercado Central nº 01.

É uma das mais movimentadas ruas da cidade, deixando as características antigas de residencial, onde apenas as mercearias de Domingos, Baiano e Machado, o bar de Miguel Leite, o hotel de Zé Retratista, a barbearia de Zé André, o foto de Macêdo, o enchimento de Genival Braga, a lojinha de tecidos de Antonio Sampaio e o armazém de estivas de João Arruda predominavam e atraíam algumas pessoas ali não residentes. Ali, familiares do professor Nô e de Zé André, mantinham estrebarias em seus quintais e através de acessos paralelos às suas residências, aos sábados e quartas-feiras, guardavam cavalos em descanso, até que os seus proprietários retornassem das compras para empreenderem viagem de retorno aos seus lugares de origem.


Hoje, a artéria é repleta de prédios com até três andares e por ela se espalham estabelecimentos como livrarias, papelarias, indústrias de confecções e fardamentos, miudezas, perfumarias, farmácia popular, laboratórios, clínicas de radiologia e exames médicos, serviços funerários, lojas de móveis e eletro domésticos, escritório de projetar móveis para lares, galeria de lojas, etc.


Há alguns anos, em determinados dias tem sido invadida por outra modalidade de comércio, com tendas armadas em plena via pública, onde se oferece de tudo aos novos clientes e curiosos, o que dá mais vida ainda à rua comercial.

Feira livre de produtos diversos, em plena rua Costa Beiriz

Hoje, a Costa Beiriz é considerada um shoping a céu aberto, cumprindo o seu papel e alavancando o desenvolvimento guarabirense.

domingo, 5 de abril de 2009

RONCADOR, O PARAÍSO DAS ÁGUAS

Cachoeira do Roncador, município de Bananeiras, limites do município de Pirpirituba - 2008

Mostro hoje as belezas naturais da nossa região, onde prosperam matas, pássaros e animais silvestres, casarões rurais de fazendas e engenhos que chamam a atenção pela beleza e imponência das suas construções e capelas ali erguidas, representando o nosso catolicismo trazido e difundido pelos portugueses colonizadores.

Bananeiras, ao se limitar com os municípios de Borborema e Pirpirituba, localizados no Brejo e Agreste da Paraíba, oferece um recanto belíssimo a quem aprecia o turismo barato e de boa qualidade: cachoeira do Roncador, encravada nas matas sacudidas pelo canto das aves e presença de alguns animais inofensivos. Ali, a mão humana ainda não conseguiu destruir e ao que nos parece não o fará graças à presença constante dos turistas da região e do Estado. , que os homens ainda não conseguiram destruir.

A região dessa cachoeira é muito visitada também por aqueles que percorrem mensalmente, durante 3 dias, os "caminhos do padre Ibiapina", iniciados na Serra da Jurema em Guarabira, por entre matas e atravessando fazendas e engenhos, até Santa Fé em Solânea/Arara, seu Santuário.


No início da estrada de terra batida que dá acesso a esse paraíso, via Pirpirituba/Borborema, um bar/restaurante serve comidas típicas através das mãos dos membros da família proprietária. Na caminhada definitiva até a cachoeira, entre pedras e às margens do rio, outro barzinho também recebe os visitantes e caminhantes.

Que todos possam se deleitar entre as árvores que guardam a cachoeira do Roncador, protegendo a natureza e o meio-ambiente.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

ANTONIO SILVINO, CAPITÃO DE TRABUCO

No Sertão de Pernambuco, parte setentrional e microrregião do Pajeú,está localizada a progressista cidade de Afogados da Ingazeira cujas origens estão presas à fazenda do criador de gado, Manuel Francisco da Silva. Mais tarde, sobre as suas terras foram edificadas muitas casas, dando surgimento a um povoado, cujo desenvolvimento se dá a partir de 1870. Em 1º de julho de 1909, é elevado a cidade pela Lei Provincial nº 991.


O seu nome está ligado à morte por afogamento de um casal de viajantes quando tentou atravessar a nado o rio Pajeú que se encontrava cheio devido às fortes chuvas caídas na região. Os seus corpos foram encontrados alguns dias depois, em local onde floresciam muitas ingazeiras. Assim o lugar passou a ser denominado Afogados da Ingazeira, até porque à época, existia a comunidade de Afogados, na cidade do Recife.

Afogados da Ingazeira se limita com os municípios de Solidão, Tabira, Carnaíba e Iguaracy.



Na seca de 1877, surge nessa região o cangaceiro Adolfo Meia-Noite e a partir de 1896, o Nordeste foi sacudido pelos ataques de Manoel Baptista de Moraes, ou Antonio Silvino, levado a essa circunstancia por conta do assassinato do seu pai, Pedro Rufino Batista de Almeida, o Batistão, na feira livre de Afogados, por membros da família Ramos. Em 1897. depois de novo júri, quando retornavam à cadeia, os Ramos conseguiram fugir após suborno oferecido aos policiais que os escoltavam. Futuramente, Antonio Silvino encontrou Manuel Cabaceira, sobrinho de um dos assassinos do seu pai, acompanhado de João Rosa e praticou a vingança, matando-os, ainda que nada tivessem com a morte do seu genitor.
Antonio Silvino o “governador do Sertão” ou “Capitão de Trabuco” perambulou pelo Nordeste (Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte), sempre perseguido pela polícia militar. O seu bando era formado de poucos homens, chegando algumas vezes a ter mais de dez. Das proezas que praticou se destacam surras, invasão de propriedades, assaltos a pessoas abastadas, distribuição de dinheiro roubado dos ricos com pessoas mais humildes nas feiras livres, queima de malas postais e arquivos de cartórios. Por dezoito anos percorreu a caatinga sertaneja.

Em dado momento, exigiu da Great Western Railway, responsável pela construção da vida férrea, a importância de 30 contos de réis, como indenização alegando que avançava sobre suas terras. Combatendo a chegada do trem, arrancou grande parte dos trilhos, prendeu funcionários e seqüestrou engenheiros.

Em 27 de novembro de 1914, foi ferido e preso por Teófanes Ferraz, na localidade de Lagoa Lage, município de Taquaritinga, Estado de Pernambuco, graças à delação do coiteiro Joaquim Pedro. Condenado a 30 anos de prisão, na Casa de Detenção do Recife, a mesma que recebeu João Dantas, responsável pela morte do presidente João Pessoa, o célebre cangaceiro passou o tempo fabricando gaiolas e rebenques de rabo de cavalo, para venda na feira livre. Em 1937 foi indultado pelo governo Vargas e passou a residir na cidade de Campina Grande onde faleceu em agosto de 1944, segundo Câmara Cascudo. Essa data sofre contestação por parte dos seus biógrafos.

Era homem elegante, bonito, vaidoso, de cor morena e usava sempre farda de oficial da Guarda Nacional, com dourados galões. Estava sempre perfumado e os cabelos ostentavam o uso da brilhantina, enquanto nos dedos carregava anéis cobertos de brilhantes. As armas da sua predileção eram rifle papo-amarelo, um ou mais punhais, pistola Browing e duas cartucheiras em forma de X.

Na nossa região, o cangaceiro esteve em Cachoeira dos Guedes, Cuitegí e nas cidades de Araruna e Guarabira. Ocultou-se muitas vezes com o seu bando, em caverna próxima da cidade de Gurinhém.

Escreveu ao Presidente da República, em 26 de abril de 1939, solicitando uma mesada pelos “relevantes serviços prestados à minha pátria no saneamento moral do Norte”.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

1º DE ABRIL

Sempre que chega o 1º de abril, correm soltas as brincadeiras em que a tônica maior é a mentira. Que bom seria se todas as guerras, fome de povos, corrupção, perseguição, doenças como câncer e AIDS, assassinatos e tantas outras desgraças tivessem término, ao menos nesse dia. O sofrimento teria um dia de trégua e possivelmente milhões sorririam na esperança de que o instante se perpetuasse.

O 1º de abril de 2004 não significou um “dia da mentira” para duas famílias: de Antonio das Dobras (ex-motorista das empresas de transportes Paraibano e Guarabirense) que perdeu o filho Alcikléber, e de Louro, um dos maiores marceneiros da região que perdeu Carlinhos Ferreira, importante filho integrante da sua família humilde e trabalhadora. Ambos os jovens tiveram a vida ceifada em plena estrada entre Sapé e Café do Vento, nas proximidades da cidade de Sobrado, como resultado do violentíssimo choque entre dois automóveis. De Sapé, morreram também duas pessoas (mãe e filha) e de Alagoinha, outro jovem. A região parou na sua grande tristeza, enquanto a população chorava os seus entes queridos pela brusca e violenta partida.

Esses foram os resultados tristes de 1º de abril de 2004. Uma data terrível para Louro e Benedita que convivem até hoje com a saudade e a dor, por saberem que perderam uma parte das suas existências, porque Carlinhos era muito mais do que eles mesmos. É preciso ouvir o lamento desses pais, para se saber - sem desprezar os demais -, quanto vale um filho, "corda do coração". Deus é muito grande e conservou-lhes os outros filhos para amenizar o seu sofrimento.
Que a Virgem Santíssima, além de ter acolhido Carlinhos, abra o seu manto sagrado ainda mais e cubra Benedita e Louro de paz e muita saúde, para continuarem orientando os demais filhos que gozam também do seu amor. Que assim seja, Senhor!